Investir
corretamente em programas de aprendizagem e de desenvolvimento nunca foi tão importante,
ou mais um desafio para os líderes empresariais.
Infelizmente,
apesar de se gastar muito em programas de aprendizagem e desenvolvimento,
muitos executivos ainda lidam com a forma de melhorar e aumentar a sua
eficácia. Portanto, a necessidade de renovar e melhorar os programas de
aprendizagem é uma preocupação importante entre os executivos de RH.
Para
entender melhor este problema, a empresa de consultoria americana Ferrazzi Greenlight fez uma avaliação
completa de pesquisas recentes sobre os programas de aprendizagem e
desenvolvimento, seguida por uma pesquisa estruturada com os altos executivos
de treinamento em 16 grandes empresas em um conjunto diversificado de
indústrias, variando em tamanho de 1 até 55 bilhões de dólares em receitas
anuais. Para entender como os provedores de treinamento e desenvolvimento
visualizam estes desafios, também foram entrevistados líderes de programas de
educação executiva várias das principais universidades.
A
partir desta pesquisa, foram observados sete desafios que as empresas devem vencer
para criarem programas de desenvolvimento que realmente funcionam:
1.
Acenda a paixão dos
gestores para orientar os seus empregados.
Historicamente,
os gestores repassavam conhecimentos e habilidades por meio de coaching e mentoring. Mas, em nosso
complexo, mais global e competitivo mundo, o papel do gerente tem-se
deteriorado. Os gerentes estão agora sobrecarregados com outras responsabilidades.
Eles mal podem lidar com o que está sendo cobrado diretamente, deixando de lado
as atividades de coaching e mentoring.
As organizações precisam apoiar e incentivar os gestores a realizarem este
trabalho.
2.
Lidar com a curta vida útil
das necessidades de aprendizagem e desenvolvimento.
No
passado o conhecimento adquirido costumava ser valioso por anos, mas agora,
conhecimentos e habilidades podem se tornar obsoletos em poucos meses. Isso faz
com que a necessidade de aprender rapidamente e regularmente seja mais
importante do que nunca. Isto exige que as organizações repensem como a
aprendizagem e o desenvolvimento acontecem ocasionalmente a partir de uma
atividade, para uma forma mais contínua. Evitar a sobrecarga de informação é
vital, as organizações devem encontrar um equilíbrio entre dar a informação
certa contra dar de forma demasiada.
3.
Ensine os empregados a
desenvolverem sua própria carreira.
Programas
de aprendizagens únicos, altamente estruturados, não funcionam mais. Os
indivíduos devem ser donos e ter controle de suas aprendizagens futuras. No
entanto, eles não podem fazê-los sozinhos, nem você quer que seja. O
desenvolvimento e crescimento do seu talento é vital para o seu sucesso
contínuo, a capacidade de inovar, e a produtividade geral. É um equilíbrio
delicado, precisamos ter soluções personalizadas para os indivíduos,
proporcionando simultaneamente eficiências de escala e redução de custos em
toda a organização.
4.
Forneça opções de
aprendizagem flexíveis.
Os
empregados precisam se envolver em mais atividades de aprendizagem e
desenvolvimento mesmo com sua alta carga de trabalho e muitas vezes deixá-los
sentir sobrecarregados e consumidos pela pergunta: "Quando e como vou
encontrar o tempo?" As empresas devem responder ao adotar soluções sob
demanda e flexíveis que tornam as oportunidades de aprendizagem mais acessíveis
para o seu povo.
5.
Atenda às necessidades de
aprendizagem para as equipes virtuais.
Enquanto
a maioria das organizações tem mais pessoas trabalhando remotamente e virtualmente,
isto exige mais reflexão e criatividade em como treinar neste segmento de sua
força de trabalho. Isso inclui tipos formais de aprendizagem através de cursos,
mas também os canais informais de mentoring
e coaching. Só porque os empregados
estejam trabalhando remotamente, não significa que sejam esquecidos quando se
trata de aprendizagem e desenvolvimento.
6.
Construa confiança na
liderança organizacional.
As
pessoas anseiam transparência, abertura e honestidade de seus líderes. Infelizmente,
os líderes empresariais continuam a enfrentar questões de confiança. De acordo
com uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Psicologia, um em cada
quatro empregados diz que não confia em seu empregador, e apenas cerca da
metade acreditam que seus empregadores são abertos e francos com eles. Se os
líderes estão desengajados ou se recusam a compartilhar suas próprias jornadas
de aprendizagem, como podem esperar que seu povo se mantenha entusiasmados? É o
velho ditado de "liderar pelo exemplo." Se os gestores querem que
seus empregados participem da aprendizagem e do desenvolvimento, então eles
precisam mostrar que estão buscando ativamente suas próprias jornadas de
aprendizagem também.
7.
Combine diferentes opções
de aprendizagem com diferentes estilos de aprendizagem.
Com
cinco gerações ativamente na força de trabalho, as organizações devem
reestruturar a maneira como os empregados aprendem e as ferramentas e
atividades que eles usam para combinar corretamente os diferentes estilos,
preferências e expectativas dos colaboradores. Por exemplo, a geração Y vem de
uma era que usa celulares, computadores e consoles de vídeo games, de modo que
ela espera usar essas tecnologias para apoiar as suas atividades de
aprendizagem.
Os
líderes sabem o valor que os programas de aprendizagem e de desenvolvimento
trazem para as organizações. Mas também, querem garantir que estão recebendo um
alto retorno sobre o investimento. Ao compreender claramente as tendências
emergentes nos programas de aprendizagem e desenvolvimento, vão posicionar
melhor as empresas para selecionar as soluções certas para gerar resultados,
aumentar o envolvimento dos empregados e aumentar a inovação e a produtividade.
REFERÊNCIAS:
Tradução livre e adaptação do texto original de:
FERRAZZI,
K. 7 Ways to improve employee development
programs. Harvard
Business Review. Disponível em < https://hbr.org/2015/07/7-ways-to-improve-employee-development-programs
> Acessado em 03 de Ago. 2015.
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