As empresas globais necessitam demonstrar
aos seus acionistas e ao mercado que têm práticas e padrões voltados para a responsabilidade
social empresarial e para tal, adotam ferramentas de gestão de RSE para
diagnóstico, planejamento e implementação de ações. A efetividade da prática da RSE destas
empresas pode ser demonstrada por meio de indicadores reconhecidos
mundialmente, tais como os do Global
Reporting Initiative (GRI) e o sistema de indicadores Ethos.
Um dos indicadores que diz respeito ao indivíduo é
o “compromisso com a promoção da equidade
de gênero” que tem como objetivo cooperar para combater o preconceito,
ampliar as chances das mulheres no mercado de trabalho e sua capacitação para
funções especializadas. Em síntese, que todos tenham oportunidades iguais no
mercado de trabalho.
Mas, como é percebido este indicador na indústria
de recursos naturais?
A indústria de recursos naturais não é um setor que
as pessoas automaticamente associam com a equidade de gênero. Na verdade, a
maioria das pessoas assume que as empresas de petróleo, mineração e mineral são
"naturalmente" dominadas pelos homens.
Mas, realmente é o setor, as empresas ou as
mulheres que simplesmente não dão valor?
Vamos analisar uma evidência. Anualmente, o índice
global de equidade de gênero das 20 maiores empresas aponta para uma única
medida de progresso: A equidade de gênero do Comitê Executivo das 100 maiores empresas
em três principais regiões do planeta. Acreditamos que o Comitê Executivo
(definido como o grupo de executivos que se reportam diretamente ao CEO) é um excelente
indicador empresarial para avaliar o desenvolvimento e progresso das mulheres
na gestão.
Dados de 24 empresas pesquisadas na indústria de recursos naturais, com um total de 221 membros do Comitê Executivo, demonstram que 92% deles são homens (203) e 8% são mulheres (18). Das 18 mulheres, a maioria está na função de staff ou de apoio. Apenas 4 mulheres (2% do total) estão em funções de linha ou operacional. Metade das grandes empresas globais de recursos naturais que foram recentemente pesquisadas não tem uma única mulher em seus Comitês Executivos. A evidência, então, nos aponta que a indústria de recursos naturais não é, naturalmente, um setor para as mulheres.
Dados de 24 empresas pesquisadas na indústria de recursos naturais, com um total de 221 membros do Comitê Executivo, demonstram que 92% deles são homens (203) e 8% são mulheres (18). Das 18 mulheres, a maioria está na função de staff ou de apoio. Apenas 4 mulheres (2% do total) estão em funções de linha ou operacional. Metade das grandes empresas globais de recursos naturais que foram recentemente pesquisadas não tem uma única mulher em seus Comitês Executivos. A evidência, então, nos aponta que a indústria de recursos naturais não é, naturalmente, um setor para as mulheres.
Mas, quando olhamos para os detalhes ao nível de
empresa, emerge um quadro um pouco diferente. Três empresas têm uma forte
representação feminina: Marathon Oil
(três dos nove executivos do Comitê Executivo são mulheres), Rio Tinto (duas de nove) e Repsol (duas de seis). E depois há a Anglo American, cujo CEO é uma mulher, Cynthia Carrol. Estas são dificilmente
empresas conhecidas por mau desempenho.
Com base nisso, é difícil afirmar que o setor é "naturalmente" uma reserva masculina, e com um pouco de esforço de ambos os lados da divisão de gênero em qualquer empresa, não há razão para supor que as mulheres não podem prosperar nas empresas da indústria de recursos naturais ou qualquer outro setor supostamente masculino.
Com base nisso, é difícil afirmar que o setor é "naturalmente" uma reserva masculina, e com um pouco de esforço de ambos os lados da divisão de gênero em qualquer empresa, não há razão para supor que as mulheres não podem prosperar nas empresas da indústria de recursos naturais ou qualquer outro setor supostamente masculino.
Mas, é necessário se empenhar para se manter no
topo, independentemente se for do sexo feminino ou masculino. Empresas como a BP e a Shell costumavam ter mais mulheres na alta direção do que fazem
agora e parece que a proporção de mulheres caiu nessas empresas após a nomeação
dos novos CEOs. Se as empresas estão percebendo as oportunidades de ter mais
mulheres em cargos de gerência sênior então, os homens que atualmente são a maioria
deles vão ter que mostrar o caminho.
REFERÊNCIAS:
Tradução e adaptação do texto original de:
COX, A. W. Industry
knows no gender. Forbes.com. Disponível em <http://blogs.hbr.org/cs/2012/03/industry_knows_no_gender.html?referral=00563&cm_mmc=email-_-newsletter-_-daily_alert-_-alert_date&utm_source=newsletter_daily_alert&utm_medium=email&utm_campaign=alert_date
> Acessado em 08 de Mar. 2012
Comentários
Postar um comentário