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Cinco etapas chave para a mudança de hábito



Você já ouviu falar sobre o hábito de liderança autodestrutiva? Goleman relata sobre um executivo que tinha este hábito: sempre que o desempenho de um subordinado direto o desapontava, ele lançava-se de um violento ataque sobre essa pessoa. Os resultados foram sempre negativos: A pessoa se sentia mal e seu desempenho caia como resultado, e a relação entre o executivo e o subordinado direto tornou-se tóxica. Além disso, um líder perde um momento de aprendizado: A chance de um feedback construtivo sobre o que a pessoa precisa fazer de diferente ou melhor no futuro.

Os gânglios basais desempenham um papel fundamental na formação de tais hábitos de liderança, tanto os bons e os maus. À medida que continuam a repeti-los em uma rotina de qualquer tipo, o cérebro desloca o controle do hábito das áreas na parte superior do cérebro para os gânglios da base, na parte inferior. Quando isso ocorre, perdemos consciência do hábito e seus gatilhos. As forças da rotina agem em resposta a um disparo que não percebemos, e fazem isso automaticamente. Nós perdemos o controle.

Para mudar o hábito, devemos primeiro trazê-lo para a consciência novamente. Que toma a autoconsciência, um direito fundamental da inteligência emocional. Quando um líder torna-se consciente de seu hábito autodestrutivo, ele percebe que é o seu próprio medo do fracasso que o faz entrar em pânico e perde o controle de seu próprio comportamento. Ele sabe que não ajuda a atacar, mas não consegue parar.

Tara Bennett-Goleman em seu novo livro, Mente sussurrando: Um novo mapa para a liberdade de hábitos emocionais autodestrutivos, explica a neurociência da mudança de hábito. Ela recomenda atenção como uma maneira de trazer hábitos inconscientes novamente à consciência, onde eles podem ser alterados. E ela descreve um processo de cinco passos simples para fazer essa mudança, especialmente útil se a pessoa está trabalhando com um orientador (coach).

1.   Familiarize-se com o hábito autodestrutivo. Aprenda a reconhecer rotina de como ele começa, ou começa a assumir. Isso pode ser percebido por seus pensamentos ou sentimentos típicos, ou como você começa a agir. Você também pode seguir a sugestão simples de Paul Ekman: Mantenha um diário de suas causas.

2.   Esteja consciente. Monitore seu comportamento (pensamentos, sentimentos, ações) a partir de um neutro, consciência "testemunha".

3.   Lembre-se das alternativas. Pense em uma maneira melhor de lidar com a situação.

4.   Escolha algo melhor. Por exemplo, o que você diz ou faz que seja útil, em vez de autodestrutivo.

5.   Faça isso naturalmente em todas as oportunidades que ocorrem.

Tara cita que a neurociência confirma que quanto mais vezes você repetir a nova rotina em vez de um hábito autodestrutivo, mais cedo ela irá substituir o hábito autodestrutivo em seus gânglios basais. A melhor resposta será a sua nova reação padrão.


REFERÊNCIAS:      

Extraído, traduzido e adaptado do texto original de:

GOLEMAN, Daniel.  Five key steps to habit change.  Linkedin.com. Disponível em< http://www.linkedin.com/today/post/article/20130616203532-117825785-five-key-steps-to-habit-change> Acessado em 16 de Jun. 2013.

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