Pular para o conteúdo principal

9 Técnicas para prender a atenção de seu público em uma apresentação



Manter dezenas ou centenas de mentes focadas em uma apresentação não é fácil. Na verdade, é desafiador! Se a história não é convincente, se um discurso é chato, confuso ou até mesmo previsível, é fácil para um público perder o foco. Assim como nos filmes, o público está sentado, mas viajando em suas mentes para longe da cena principal, sua apresentação.

Assim, o primeiro desafio para o apresentador é criar uma história que desperta e prende a atenção do público. Vários dispositivos e estratégias podem ser usados ​​para criar uma história que pode surpreender e ao mesmo tempo envolver as emoções do público. Lembre-se que qualquer boa apresentação deve fazer as duas coisas.

Aqui estão nove técnicas que você pode e deve usar em futuras apresentações:

1.   Vá direto ao ponto

Em uma apresentação que vai direto ao ponto, o apresentador revela a mensagem principal nos primeiros minutos, indo para os argumentos depois. Isso garante que a mensagem principal será sempre ouvida por toda a plateia.

- Contexto: Esta estratégia é mais eficaz em reuniões de curta duração que ocorrem numa base diária. Mas, também pode ser utilizada quando o ouvinte já conhece o assunto e o objetivo é o de aprofundar o conhecimento. Finalmente, também faz sentido ir diretamente ao ponto quando você tem que contar uma má notícia. Neste caso, é bom ir diretamente ao ponto e dedicar o resto do tempo para justificativas breves e propostas para reverter o cenário negativo.

- Audiência: Altos executivos e outros com agendas cheias podem ter que deixar a reunião antes de ser concluída. Então alcance-os mais cedo.

2.   Metáfora

Metáfora é a expressão de uma ideia que se baseia no conceito da analogia. É constituída de um raciocínio paralelo utilizado para explicar um conceito. O objetivo em utilizar a metáfora é levar o público a um pensamento que pode despertar sua atenção e aumentar suas chances de lembrar e compreender certas informações.

- Contexto: Quando estamos apresentando informações complexas, a metáfora torna apresentações mais leves e fáceis de entender. É um bom dispositivo para facilitar a compreensão rápida.

- Audiência: Metáfora é bom com qualquer tipo de público, mas é muito útil quando uma audiência não conhece o assunto e há uma necessidade de transmitir conceitos técnicos.

3.   Suspense

Suspense é uma forma de prender a atenção de uma plateia, criando expectativas para um determinado grupo de notícias e informações.

- Contexto: O dispositivo de suspense só deve ser usado quando há uma boa história para contar ou quando o resultado é algo bom. Exemplo: "Tivemos um ano muito difícil, as expectativas eram ruins, mas nossos resultados foram ótimos." - Tal cenário é perfeito para o suspense. Este dispositivo também pode ser usado em outras situações, como o lançamento de novos produtos. Mas se a notícia vai ser negativa, utilizar suspense é uma má ideia.

- Audiência: Qualquer tipo de público.

4.   Surpresa

Por mais que uma audiência esteja interessada, é normal que a atenção vagueie aqui e ali. Está provado que só podemos manter um bom nível de atenção por 10 minutos. Assim, o grande aliado em todas as apresentações é o fator surpresa, que trabalha contra essa reação natural, despertando interesse e assim conseguindo segurar a atenção do público por mais tempo.

- Contexto: Para utilizar o dispositivo de surpresa, simplesmente apresente algo incomum, uma revelação inesperada, uma imagem atraente, uma passagem engraçada. Desta forma as pessoas ficam alertas e focadas no discurso, esperando que algo incomum irá acontecer novamente. Esta estratégia pode e deve ser utilizada praticamente em todos os tipos de apresentações, especialmente as mais longas.

- Audiência: Este dispositivo funciona com qualquer tipo de público, mas funciona melhor com o público mais jovens e / ou mais relaxado.

5.   Conflito X Solução

"Sem conflito não há história." Assim disse o escritor americano William S. Burroughs (1914-1997). Respeitando essa lógica, o conflito pode ser considerado benéfico nas histórias que dão origem às apresentações.

- Contexto: Para usar este dispositivo, basta chamar a atenção do público para um determinado problema, envolver o problema em alguns dos seus pormenores ou consequências, e no final dar uma solução. Essa abordagem funciona bem quando há uma boa história para apoio. Tire proveito do conflito inerente à história. Um conflito bem trabalhado capta o interesse das pessoas e sublinha o que você quer destacar.

- Audiência: Esta estratégia funciona bem especialmente quando precisamos conquistar o público que é  difícil ou que se tem zero informações sobre um tópico.

6.   Humor

As pessoas raramente ficam insatisfeitas se uma apresentação às faz rirem. Humor gera um envolvimento emocional que claramente aumenta as chances do público relembrar as mensagens.

- Contexto: Quando bem feito, humor é bem-vindo em qualquer tipo de apresentação, mesmo aqueles com contextos formais. Não se trata de contar piadas, é trazer diversão para certas partes de uma apresentação. Se você não se sentir bem usando humor, você pode selecionar imagens alegres ou vídeos engraçados para a sua mensagem principal.

- Audiência: Este dispositivo pode ser usado com todos os tipos de público, mas, para apresentações mais formais, tenha cuidado como usá-lo.

7.   Perguntas

Em certos momentos, durante a apresentação, o apresentador pode e deve fazer perguntas. Além de trazer dinamismo a uma apresentação, as perguntas do apresentador podem ajudar a identificar tendências na plateia, uma linha de pensamento, experiências anteriores e / ou níveis de conhecimento que podem ser explorados para aproximar esse público.

Outra estratégia interessante é levantar preocupações privadas ou questões internas em um local público. Neste cenário, as perguntas são mais importantes do que as respostas. A partir de uma questão proposta, o público pode começar a refletir sobre algo que ainda não é percebido como um problema.

- Contexto: O apresentador desperta a atenção dos ouvintes sobre um assunto e leva-os a determinado caminho usando o argumento e comentário.

- Audiência: Esta estratégia funciona em qualquer tipo de público, desde que não haja restrições de tempo.

8.   Drama

Apesar de não ser muito comum em apresentações corporativas, existem situações em que o uso drama é uma estratégia eficaz, especialmente quando você quer advertir o público sobre um determinado risco.

- Contexto: Imagine que o apresentador saiba que uma nova regra que está sendo implementada pelo governo colocará em risco o principal produto da empresa. Em uma reunião com a equipe de gestão o apresentador pode usar a estratégia de drama, expondo as consequências negativas que possam surgir. Depois de mostrar o lado do drama, porém, o apresentador deve apresentar uma proposta de mudança, de modo que o drama se torne o argumento em apoio da proposta.

- Audiência: Esta técnica pode ser aplicada a qualquer tipo de público, mas tenha cuidado ao usá-la com o público corporativo.

9.   Seja provocador

A abordagem provocativa é baseada em comentários sobre as fraquezas e dificuldades que a audiência possa ter.

- Contexto: Depois de mencionar as fraquezas, o apresentador oferece soluções para os problemas que elas geram e sugere melhorias. Este é um desafio provocador com um propósito construtivo. O objetivo é levar o público para uma nova solução.

- Audiência: Esta é uma das poucas estratégias que não se aplica a toda e qualquer tipo de público. Portanto, use-a somente quando você realmente conhece o seu público e sabe que um desafio provocador pode ser bem-vindo.

Agora que você conhece as várias técnicas para prender a atenção do seu público, aplique-as em sua próxima apresentação.


REFERÊNCIAS:

Tradução e adaptação do texto original de:

SOAP PRESENTATIONS.  How to hold audience attention.  SOAP.COM. Disponível em< http://soappresentations.com/how-to-hold-audience-attention/ > Acessado em 26 de Jul. de 2013.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Série Ferramentas de Gestão: Plano de Ação

Plano de Ação  É uma ferramenta para se utilizar na elaboração e gerenciamento de planos, podendo ser utilizada, também, na padronização. Na fase (P) - Plano de ação do PDCA , o Plano de Ação (3W, 5W1H ou 5W2H), é usado para propor soluções para o problema, baseado na observação, análise e no conhecimento técnico do processo. Quando a não conformidade e suas causas já forem conhecidos, resta determinar as ações, medidas, ou estratégias que garantam o alcance dos objetivos desejados. Modelos mais comuns: Plano Simplificado (3W) -        What (O que) – Ações ou contramedidas a serem implementadas para eliminar a(s) causa(s) de um problema -        Who (Quem) – Pessoa responsável para implementação da ação -        When (Quando) – Prazo para implementação da ação Este modelo é indicado geralmente para iniciantes ou para problemas simples. A Figura 1 apresenta um modelo de um plano de ação simplificado   Plano de Ação (5W1H) O 5W1H é geralmente indicado para problemas ou proje

Série Ferramentas de Gestão: Diagrama do Processo Decisório

Diagrama do Processo Decisório ou PDPC ( Process Decision Program Chart) O Diagrama PDPC procura não apenas antecipar possíveis desvios de rota, mas também desenvolver medidas alternativas que previnam a ocorrência de desvios e atuem satisfatoriamente caso ocorram desvios de rota O PDPC procura também, desenvolver planos de contingências / planos alternativo para lidar com as incertezas. Deve-se usá-lo quando: 1.    A tarefa é nova ou única; 2.    O plano de implementação é complexo e difícil execução; 3.    A eficiência de implementação é crítica. 4.    Projeto de instalação de uma nova máquina ou intervenção de manutenção 5.    Desenvolvimento e introdução de novos produtos O PDPC pode também, ser usado para mostrar a cadeia de eventos que levam a um resultado indesejável. Roteiro para Construção: O Diagrama do Processo Decisório (DPD) é construído nas seguintes etapas: •            Fluxo básico •            Macro-DPD •            Micro-DPD Roteiro Básico: 1.    Definir o

Série Ferramentas de Gestão: FMEA

FMEA ( Failure Mode and Effect Analysis ) - Análise dos Modos e Efeitos das Falhas FMEA é uma ferramenta básica aplicada à confiabilidade que tem sua principal aplicação para a: -     Melhoria de um produto ou processo já em operação . A partir da identificação das causas das falhas ocorridas e seu posterior bloqueio. -            Detecção e bloqueio das causas de falhas potenciais (antes que aconteçam) em produtos ou processos já em operação. -            Detecção e bloqueio das causas de falhas potenciais (antes que aconteçam) em produtos ou processos, ainda na fase de projeto. A ferramenta FMEA (Análise dos Modos e Efeitos das Falhas) é um método de análise de projetos (de produtos ou processos, industriais e/ou administrativos) usado para identificar todos os possíveis modos potenciais de falha e determinar o efeito de cada uma sobre o desempenho do sistema (produto ou processo), mediante um raciocínio basicamente dedutivo. É um método analítico padronizado para detectar e el