Pular para o conteúdo principal

Duas mentiras e uma verdade sobre inovação


Há um jogo de quebra-gelo popular chamado “duas mentiras e uma verdade”, você indica três afirmativas semi-desconhecidas sobre si mesmo e um grupo tenta adivinhar qual das afirmações é verdadeira.

Os executivos sem querer, jogam um jogo idêntico a este também. Se convidados a expressarem as suas três maiores frustrações com seus esforços de inovação, eu aposto que a maioria deles diria: minha organização carece de boas ideias, não temos recursos suficientes para impulsionar a inovação e a inovação é muito demorada. Mas, apenas um delas é realmente verdade.

Ainda estou por encontrar uma empresa na qual a primeira resposta não é falsa. Quase todas as empresas estão se afogando em ideias. Mas, há uma série de razões pelas quais os executivos não podem perceber isso:

1.   Não existem mecanismos para extrair ideias da mente dos empregados da linha de frente.
2.   O processo pelo qual as ideias são selecionadas, filtradas e implementadas sistematicamente retira a emoção e energia por melhores ideias.
3.   Uma ótima ideia não é bem aproveitada porque foi introduzida antes do tempo.

Antes que você diga que sua empresa não tem boas ideias, certifique-se que você realmente levantou e avaliou o que você tem. Você pode se surpreender com o que você vai encontrar.

Da mesma forma, existem poucas empresas que realmente não têm recursos suficientes para investir em inovação orientada para o crescimento ou eliminação de um problema crônico. A raiz do problema é que as pessoas estão trabalhando nas ideias erradas. Às vezes, estas são ideias incrementais que têm pouca chance de ter impacto material, mas mantém as pessoas ocupadas. Às vezes, estas são os temidos projetos zumbis, os projetos que os executivos pensavam terem eliminados, mas ainda têm vida por causa da paixão equivocada dos empregados. Ou estes podem ser os esforços que têm cativado os engenheiros, mas não abordam a necessidade-raiz do cliente.

A regra geral é que as empresas pode seguramente cortar cerca de 50% de seus projetos de inovação. Isso não significa necessariamente corte de 50% das pessoas que trabalham na inovação. Pelo contrário, as pessoas podem fluir para as melhores ideias, ou pode mudar do malabarismo das 10 diferentes ideias medíocres para se concentrar em uma única grande ideia.

A ideia final, que a inovação leva muito tempo, bem, essa é a verdade. A ironia do problema dentro de muitas organizações é uma abundância de recursos. Muitas empresas podem infinitamente estudar os problemas, porque eles têm orçamentos relativamente grandes e equipes, enquanto que os empresários se movem rapidamente, porque eles não têm escolha, uma vez que sem dinheiro, o jogo acabou. A fixação de prazos apertados e distribuição de recursos após as equipes atingirem marcos chave de conhecimento podem dramaticamente acelerar a inovação.

Não há dúvida de que a inovação continua sendo um desafio em muitas grandes organizações. Mas, antes de erguer as mãos, certifique-se que você descobriu a raiz dos bloqueadores de inovação. Você pode encontrar maneiras de fazer as coisas mais rápidas e melhores.


REFERÊNCIAS: 

Tradução e adaptação do texto original de:

ANTHONY, Scott. Two innovation lies and a truth. Harvard Business Review. Disponível em <http://blogs.hbr.org/anthony/2012/07/two_innovation_lies_and_a_trut.html?referral=00563&cm_mmc=email-_-newsletter-_-daily_alert-_-alert_date&utm_source=newsletter_daily_alert&utm_medium=email&utm_campaign=alert_date > Acessado em 21 de Jul. 2012.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Série Ferramentas de Gestão: Plano de Ação

Plano de Ação  É uma ferramenta para se utilizar na elaboração e gerenciamento de planos, podendo ser utilizada, também, na padronização. Na fase (P) - Plano de ação do PDCA , o Plano de Ação (3W, 5W1H ou 5W2H), é usado para propor soluções para o problema, baseado na observação, análise e no conhecimento técnico do processo. Quando a não conformidade e suas causas já forem conhecidos, resta determinar as ações, medidas, ou estratégias que garantam o alcance dos objetivos desejados. Modelos mais comuns: Plano Simplificado (3W) -        What (O que) – Ações ou contramedidas a serem implementadas para eliminar a(s) causa(s) de um problema -        Who (Quem) – Pessoa responsável para implementação da ação -        When (Quando) – Prazo para implementação da ação Este modelo é indicado geralmente para iniciantes ou para problemas simples. A Figura 1 apresenta um modelo de um plano de ação simplificado   Plano de Ação (5W1H) O 5W1H é geralmente indicado para problemas ou proje

Série Ferramentas de Gestão: Diagrama do Processo Decisório

Diagrama do Processo Decisório ou PDPC ( Process Decision Program Chart) O Diagrama PDPC procura não apenas antecipar possíveis desvios de rota, mas também desenvolver medidas alternativas que previnam a ocorrência de desvios e atuem satisfatoriamente caso ocorram desvios de rota O PDPC procura também, desenvolver planos de contingências / planos alternativo para lidar com as incertezas. Deve-se usá-lo quando: 1.    A tarefa é nova ou única; 2.    O plano de implementação é complexo e difícil execução; 3.    A eficiência de implementação é crítica. 4.    Projeto de instalação de uma nova máquina ou intervenção de manutenção 5.    Desenvolvimento e introdução de novos produtos O PDPC pode também, ser usado para mostrar a cadeia de eventos que levam a um resultado indesejável. Roteiro para Construção: O Diagrama do Processo Decisório (DPD) é construído nas seguintes etapas: •            Fluxo básico •            Macro-DPD •            Micro-DPD Roteiro Básico: 1.    Definir o

Série Ferramentas de Gestão: FMEA

FMEA ( Failure Mode and Effect Analysis ) - Análise dos Modos e Efeitos das Falhas FMEA é uma ferramenta básica aplicada à confiabilidade que tem sua principal aplicação para a: -     Melhoria de um produto ou processo já em operação . A partir da identificação das causas das falhas ocorridas e seu posterior bloqueio. -            Detecção e bloqueio das causas de falhas potenciais (antes que aconteçam) em produtos ou processos já em operação. -            Detecção e bloqueio das causas de falhas potenciais (antes que aconteçam) em produtos ou processos, ainda na fase de projeto. A ferramenta FMEA (Análise dos Modos e Efeitos das Falhas) é um método de análise de projetos (de produtos ou processos, industriais e/ou administrativos) usado para identificar todos os possíveis modos potenciais de falha e determinar o efeito de cada uma sobre o desempenho do sistema (produto ou processo), mediante um raciocínio basicamente dedutivo. É um método analítico padronizado para detectar e el