Os inovadores mais bem sucedidos são
constantemente retratados como possuidores de uma paixão que faz fronteira com
o dogmatismo. Eles
trabalham incansavelmente mudando a realidade para alcançar sua visão, como Steve Jobs e seu "campo de distorção da realidade" que serve
como um exemplo prototípico.
Não há dúvida de que a paixão é uma
componente crítica da inovação. Afinal,
a inovação é trabalho extremamente difícil, com muitas falsas partidas. Rosabeth
Moss Kanter ensina que tudo pode ser visto com uma falha no meio. Mike
Tyson coloca de outra forma: "Todo mundo tem um plano, até levar um
soco na cara." Paixão
é necessária para continuar persistindo quando receber um soco inevitável.
E sem paixão, é difícil fazer algo significativamente
diferente do que foi feito antes. É quase
impossível provar que uma nova idéia vai funcionar. Paixão
e intuição são ingredientes necessários para o sucesso.
Mas, os líderes ao supervisionarem os
esforços de inovação dentro de suas empresas precisam ter o cuidado de não
confundirem paixão com competência. O
filósofo George Santayana define um
fanático como alguém que redobra seus esforços quando ele se esqueceu de seus
objetivos. Nós
temos encontrado inovador teimoso insistindo que sua visão é a certa, apesar das
evidências sugerirem o contrário.
Paixão só é importante se levar a uma
inovação que ofereça impacto, se esse impacto é medido em receitas, em lucros, em
melhoria do desempenho do processo, em redução de riscos de saúde e segurança ou
ambiental, ou algo inteiramente diferente. Esta
é uma razão pela qual os bons investidores de capital de risco distribuem o
capital em etapas. Eles
esperam para ver se a visão que parece ser tão grande em papel tem
alguma semelhança com a realidade.
Quando estou avaliando os empreendedores
e suas idéias, eu procuro "bipolaridade da inovação", uma versão da
inteligência de primeiro nível de F.
Scott Fitzgerald: "a capacidade de manter duas idéias opostas na mente
ao mesmo tempo e ainda manter a capacidade para
funcionar." Os
empreendedores devem ser capazes de argumentar apaixonadamente que sua idéia
vai mudar o mundo, e então, sem perder o ritmo, honestamente avaliar os riscos
que estão no caminho do seu sucesso e descrever o que eles farão para
atenuá-los.
Claro, há exemplos de dogmatismo e fanatismo triunfando em face de um ceticismo saudável. Mas isso não é uma abordagem apropriada para a inovação.
REFERÊNCIAS:
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