O
feedback gerencial foi excelente, nítido, claro e construtivo. Seu tom era atencioso,
compassivo e convincente. Cada crítica foi, consequentemente, ouvida,
reconhecida e compreendida. Mensagem recebida; próximos passos foram acordados.
Uma conversa potencialmente constrangedora e dolorosa tornou-se uma experiência
de conexão. Foi um cenário mais favorável.
Cinquenta
dias depois, infelizmente, nada de significante tinha mudado. Uma quinzena
rápida de autoconsciência cedeu ao "que era antes". Era como se que o
feedback aberto e honesto nunca tinha ocorrido.
Soa
familiar? Pessoas compreensivelmente investem tempo significativo e cuidado
tentando dar um melhor feedback. Infelizmente, esses investimentos tipicamente
têm baixa performance. As razões são simples e óbvias: O verdadeiro propósito
de um melhor feedback não é para melhorar a receptividade ou melhorar a
compreensão, mas para efetuar a mudança mensurável.
O
feedback é um meio para um fim. Não importa o quão seja dado de forma encantadora
ou carismática, o feedback que não leva a melhores resultados falha. Os médicos
que aconselham os pacientes com excesso de peso para comerem menos e fazerem mais
exercício pode ser de fato um feedback para salvar vidas. Mas até quilogramas significativos
são, na verdade, perdidos, mas ninguém está ficando melhor. Fazer o feedback
mais empático ou persuasivo perde totalmente o sentido.
A
falha intrínseca do feedback não está no emissor ou na mensagem, está na metrologia.
O feedback deve ser explicitamente associado às métricas, medidas e mecanismos
que controlam o desejado, mudança e desejável. Feedback que é dado sem formas de
monitorar a mudança mensurável é menos significativo do que um conselho bem-intencionado.
Em outras palavras, feedback eficaz requer um feedback eficaz.
É
por isso que a compreensão do pós-feedback requer uma própria quantificação.
Nossas capacidades de expansão para digitalmente, visualmente e incisivo auto monitoramento
irá transformar o modo como o feedback no trabalho será definido, desenvolvido
e dado. Atualmente, dispomos de auto medidores de calorias e passos; amanhã vão
monitorar o que seus líderes, colaboradores e clientes querem melhorar profissionalmente.
O feedback sério virá com a auto quantificação associada. (É assim que você
saberá o que é grave.)
O
futuro do feedback é o futuro da auto quantificação. O futuro da auto quantificação
é o futuro do feedback. O desafio crítico e polêmico, naturalmente, gira em
torno do consentimento. Os auto quantificadores de hoje não serão os de amanhã.
A fusão de feedbacks com medidores de desempenho será óbvia e inevitável.
REFERÊNCIAS:
Tradução e adaptação do texto original de:
SCHRAGE,
M. Feedback without measurement won’t do
any good. HBR
– Harvard Business Review. Disponível em https://hbr.org/2015/08/feedback-without-measurement-wont-do-any-good
> Acessado em 11 de Ago. 2015.
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