O que realmente significa ser global

As maiores oportunidades de negócios atuais e também os maiores desafios que enfrentamos, são de natureza global e, portanto, exigem líderes que são também, globais. Mas, o que realmente significa ser "global"? A famosa citação "pensar globalmente e agir localmente" é totalmente inadequada para descrever as complexas realidades que os líderes globais enfrentam. Os líderes verdadeiramente globais atuam como construtores de pontes, conectores de recursos e talentos por meio das fronteiras culturais e políticas, incansavelmente dedicado a encontrar novas formas de criar valor. Eles não apenas pensam e agir globalmente, eles são globais.

Estudos realizados pela escola de gerenciamento global Thunderbird apontam três conjuntos de habilidades críticas que são essenciais para a liderança global eficaz: mentalidade global, empreendedorismo global e cidadania global.

A mentalidade global permite que os líderes se conectem com pessoas e organizações através das fronteiras. Seu espírito empreendedor os equipa para criar valor através dessas conexões. E sua cidadania os leva a dar um contributo positivo para as comunidades em que se envolvem. Conectar, criar e contribuir são as três funções essenciais que fazem um líder global.

Os líderes que possuem uma mentalidade global são capazes de interpretar e decodificar situações de múltiplos pontos de vista. Eles têm um interesse insaciável de aprender sobre outras culturas. Eles se preocupam em entender as perspectivas de outras pessoas e suspender o seu julgamento para fazer acontecer. Eles estão bem informados sobre questões econômicas e políticas ao redor do mundo e podem compreender a complexidade inerente das relações internacionais a partir de múltiplas perspectivas nacionais. Finalmente, cultivam relações com os parceiros e amigos ao redor do mundo e tem uma capacidade única de transcender as barreiras culturais e cultivar a confiança.

Os líderes globais utilizam a sua compreensão das nuances culturais e institucionais e suas conexões globais para criar novas formas de valor, conduzindo as pessoas e recursos para além das fronteiras de novas maneiras, seja para criar um produto melhor ou mais barato, melhorar a eficiência de um processo-chave, acessar um novo conjunto de recursos, ou servir a um mercado novo. Às vezes eles fazem isso, aproveitando as diferenças para além das fronteiras, às vezes, aproveitando as semelhanças e, por vezes através da construção e exploração de redes de relacionamentos ou pela adição recíproca de valor agregado.

Mas, os verdadeiros líderes globais são definidos não apenas por seu conhecimento do mundo e as conexões, nem com as oportunidades globais que aproveitam, mas como eles contribuem para a melhoria dos múltiplos contextos em que operam. Verdadeiros líderes globais não exploram uma comunidade para beneficiar o outro. Eles encontrar soluções que criam valor multidirecional. Eles não veem o negócio como um jogo de soma zero, mas como um mecanismo para trazer mais prosperidade.

A globalização trouxe benefícios sem precedentes para muitos, mas não para todos. Centenas de milhões de pessoas escaparam dos efeitos degradantes da fome e da pobreza. Mas, centenas de milhões de pessoas permanecem presas nelas. Nossa capacidade de construir uma economia mundial verdadeiramente sustentável e inclusiva vai depender da forma como podemos ajudar as novas gerações de líderes para se tornarem globais.

REFERÊNCIAS:       

Extraído e adaptado do texto original de:

CABRERA, Ángel.  What being global really means. Havard Business Review.  Disponível em <http://blogs.hbr.org/cs/2012/04/what_being_global_really_means.html?referral=00563&cm_mmc=email-_-newsletter-_-daily_alert-_-alert_date&utm_source=newsletter_daily_alert&utm_medium=email&utm_campaign=alert_date > Acessado em 20 de Abr. 2012.