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O que os melhores líderes globais fazem?

Existe algum padrão consistente para uma liderança global bem sucedida?

Para responder a esta pergunta, veja as ênfases e princípios adotados por cerca de 30 CEOs que passaram por dois testes críticos para terem sucesso global:

1.    Eles superaram a maioria de seus pares da indústria e ganharam o respeito de seus stakeholders de várias maneiras;

2.    Levaram as empresas originárias de diferentes culturas a operar com sucesso em todo o globo terrestre.

Apesar das diferenças de culturas e mentalidades, os líderes globais parecem levar suas empresas de forma diferente do que seus pares. Mais notavelmente, eles são precursores de um estilo de liderança que envolve as pessoas em situações muito diferentes. Por exemplo, eles dão ênfase imensa em:

    Um propósito superior: Esses líderes fazem as pessoas se sentirem emocionalmente comprometidos e inspirados a andar um quilômetro a mais. A empresa tem que significar algo para as pessoas ao invés de ser apenas um lugar para trabalhar. Este é provavelmente uma das ênfases mais importante quando o centro corporativo da empresa e os escritórios locais estão distantes. Um exemplo: Quando Jorma Ollila da Nokia descreveu seu propósito “conectando pessoas”, que se aplica ao escritório local no Quênia, assim como em sua sede em Espoo, na Finlândia.

    Capacidade de     resposta às comunidades: Em muitos dos países em desenvolvimento onde essas empresas estão ativas, não é auto-evidente que você obtenha uma licença para operar. Para ser aceito, você precisa construir a confiança. Mais do que simplesmente ser um bom cidadão e ajudar na educação dos potenciais futuros profissionais, sendo sensível às necessidades das configurações locais tem a ver com    o se tornar um representante da organização confiável. Isto é, por exemplo, como Carlo Pesenti da gigante italiana de cimento Italcementi explica que eles minimizam o impacto ambiental negativo quando constroem fábricas de cimento nos países em desenvolvimento.

     Criação de uma estrutura social interna que permita uma boa colaboração por meio das fronteiras / níveis: Esses líderes parecem dar uma maior ênfase em atividades locais na tentativa de conectar essas atividades locais de uma forma inteligente. Esta é uma abordagem complementar aos processos globais que eles também desenvolvem.  Peter Sands do Standard Chartered Bank, por exemplo, demonstra ter orgulho em conectar escritórios locais em diferentes continentes para ajudar a construir uma empresa verdadeiramente global unida e recompensar as pessoas que dão idéias que se propagam entre as funções e regiões.

Além desses princípios gerais orientadores, esses líderes também compartilham um conjunto de práticas: confiança, elevadas expectativas, solucionador de problemas do tipo ganha - ganha, formador de equipe, comunicativo e justo. Estas características são relevantes e que eles ainda podem impulsionar o sucesso dos líderes globais:
    Confiável: Esses CEOs são fortes defensores para a criação de estratégias de longo prazo bem sucedida que falam com a cabeça e o coração. Eles mantêm o curso, constroem o sucesso trimestre por trimestre e são persistentes na criação de valor econômico e social.

    Têm expectativas elevadas: Eles investem pesado em crescimento tanto do lado social e econômico da empresa e estabelecem objetivos audaciosos para ambos, a sua gestão de desempenho leva em igual consideração ambos os aspectos.

     Solucionador de problemas (ganha-ganha): Eles não se comprometem fazendo trocas (trade-offs) entre o valor social e o econômico. Encontram soluções criativas de forma que os dois se reforcem mutuamente.

     Comunicativo: Eles trabalham duro para estarem presentes em locais da empresa em todo o mundo, não só para espalhar mensagens, mas para aprender e ouvir. Eles parecem priorizar reuniões presenciais, mas usam todos os tipos de tecnologia de comunicação moderna extensivamente para se conectar com todas as partes da corporação global.

     Formador de Equipe: Eles não só se esforçam muito na construção de equipes de ponta permanentes, como também, são muito focados em construir um sistema de liderança alinhado, interagindo com dezenas de equipes de gestão para assegurar que os valores e práticas estejam disseminados ao redor do mundo.

     Justo: A maioria deles dirige as organizações não apenas com respeito à diversidade, mas indo um pouco mais longe, na construção de uma forte comunidade de diversidade ao invés de uma construção na similaridade. Eles também criaram processos de estratégia e desenvolvimento que se sentiriam justos para os envolvidos, e como a justiça tornou-se especialmente importante quando as pessoas tiveram que ser demitidas.

Um novo modelo de liderança global está emergindo, um que não é simplesmente da sede corporativa, mas a que abrange a complexidade de uma grande organização e seu papel no mundo, impulsionado pelos princípios e práticas listadas acima.


REFERÊNCIAS:   

Tradução e adaptação do texto original de:
FREDBERG, Tobias e NORRGREN, Flemming. What Do Good Global Leaders Do?. Havard Business Review.  Disponível em http://blogs.hbr.org/cs/2012/01/what_do_good_global_leaders_do.html?referral=00563&cm_mmc=email-_-newsletter-_-daily_alert-_-alert_date&utm_source=newsletter_daily_alert&utm_medium=email&utm_campaign=alert_date Acessado em 20 de Jan. 2012.  

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