Grandes negócios não começam com um plano

Você quer começar um negócio. Então você precisa de um plano, certo? Não. Não é verdade.

Como parte da pesquisa para um livro que será lançado em agosto de coautoria de Anthony K. Tjan, Coração, esperteza, coragem e sorte, que deve sair em agosto de 2012 pela HBR Press, foram entrevistados e pesquisados ​​centenas de empreendedores de sucesso ao redor do globo para melhor compreender o que é preciso para ser um empreendedor e construir um negócio realmente grande. Uma das descobertas mais surpreendentes apresentadas neste livro descobertas foi a de que os empresários avaliados tiveram uma saída bem sucedida (ou seja, uma Oferta Pública Inicial - IPO ou venda para outra empresa), cerca de 70% não começaram com um plano de negócios.

Em vez disso, as viagens de negócios originadas a um lugar diferente, um lugar chamado de coração. Eles não foram concebidos com um documento, mas com um sentimento e feitos por uma autêntica visão. Clareza de propósito e paixão dirigiram o dia a dia com menos tempo para escrever sobre uma ideia e mais tempo gasto apenas em fazê-la acontecer.

Não é que todo o planejamento é ruim. É que os esforços para escrever o plano de negócios "perfeito" geralmente levam a ser precisamente incorreta ao invés de aproximadamente correta. Um problema é que o conteúdo que a maioria das pessoas foca em planos de negócios tem pouco a ver com a realidade de que vai realmente surgir. Muitos planos de novos negócios (start-up) enfatizam alguns gigantescos mercados potenciais e como obter apenas uma fatia menor que irá torná-los ricos e os investidores, também. Eis um exemplo hipotético de vender uma barra de sabão por um dólar a cada mês para apenas 0,5% por cento da população da China. É quase um negócio US $ 100 milhões! Boa sorte se você conseguir fazer isso, no entanto...

No início de um negócio, os recursos são limitados e o melhor conteúdo para um plano de negócios está no mundo real com os dados baseados em testes dos aspectos do conceito do negócio. Estas experiências não precisam ser complexas. O que você quer é simples, faça testes interativos que são facilmente mensuráveis ​​e que você saiba se está ganhando ou não.

Não é apenas para novos negócios (start-ups). A arquitetura estratégica de qualquer negócio deve incorporar fatos a partir de testes do mundo real para permitir correção de percurso conforme necessidade. Isto é o que Henry Mintzberg, descreveu como estratégia "emergente" ou “evolucionária". Ou, como disse Mats Lederhausen (ex-estrategista global da McDonald, bem como ex-presidente executivo da Chipotle): Pense grande, comece pequeno, depois aumente ou falhará rapidamente.

Portanto, não se preocupe muito com um plano de negócios. Mas, para guiar o seu pensamento, conseguir futuros investidores ou, melhor alinhar suas equipes, considere estes pontos do projeto:

1. Identifique e articule claramente o seu coração e seu propósito. Se você quiser chamá-lo de visão, coração, propósito ou vocação, seja muito claro sobre o porquê de um negócio, tenha o maior objetivo na mão.

2. A equipe é mais importante do que qualquer ideia ou plano. As três prioridades devem ser pessoas, seguida por pessoas e depois pessoas.

3. Pense grande, comece pequeno, então amplie ou falhará rapidamente. Defina o primeiro adequado marco de "começar pequeno", que geralmente envolve descobrir se as pessoas estão dispostas a comprar ou pelo lembrar o seu produto.

4. Foque em um subsegmento ou nicho de mercado bem definido. Pelo menos para começar, pense onde você pode, potencialmente, ser o melhor. Esta estratégia é quase sempre mais bem sucedida do que ser apenas mais um jogador em um mercado enorme.

5. Entenda o seu modelo de negócio. Como você vai ganhar dinheiro é mais importante do que as páginas de Excel mostrando as finanças que são simplesmente muito difícil de prever, nesta fase inicial de qualquer maneira. Compreenda, em vez disso, a forma básica que você vai ganhar dinheiro, é por meio de transações, publicidade, inscrições, etc.?

Parece haver um mercado constante para como dar aulas, vender livros e modelos (templates) que prometem quase tudo com instruções para preenchimento de planos de negócios. Enquanto aspectos destas ferramentas são úteis para uma abordagem estruturada, eles são mais propensos a enganar por causa de sua ênfase sobre a realização do plano de negócios antes de descobrir sua alma e demonstrar se os outros se conectarão com ele. As pessoas sentem uma sensação de realização ao concluir seu plano, mas o que esse plano realmente proporciona? Planilhas vazias a serem preenchidas nunca podem substituir e zerar a paixão e propósito do seu negócio. O coração tem que estar diariamente no negócio. O mais detalhado plano de negócios tem pouco valor sem um coração genuíno por trás da ideia e coragem de simplesmente colocá-la em prática.

REFERÊNCIAS:

Tradução e adaptação do texto original de:

TJAN, K. Anthony. Great businesses don't start with a plan. Havard Business Review. Disponível em < http://blogs.hbr.org/tjan/2012/05/great-businesses-dont-start-wi.html?referral=00563&cm_mmc=email-_-newsletter-_-daily_alert-_-alert_date&utm_source=newsletter_daily_alert&utm_medium=email&utm_campaign=alert_date#.T7VnP0qEcbE.facebook> Acessado em 10 de Mai. 2012.