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Por que não colaborar?

A colaboração é uma qualidade de grande valor de excelência empresarial que frequentemente é mais discutida como um ideal ilusório do que realmente praticado. No entanto, esse aspecto não técnico da melhoria contínua – trabalhar de forma colaborativa - é realmente o catalisador que amplifica tanto a inovação individual quanto organizacional. Portanto, temos que olhar além da miríade de ferramentas de melhoria para descobrir uma base colaborativa. Por exemplo, ouvir os empregados em busca de linguagem que conota uma cultura de colaboração. Uma palavra como “nós” sugere um espírito coeso, enquanto o uso da palavra “eles” pode sinalizar uma cultura que carece de colaboração. O primeiro Insight do Modelo Shingo liga os resultados desejados ao comportamento humano: Resultados Ideais Requerem Comportamentos Ideais. Portanto, um comportamento menos do que ideal é muito comum, como se referir a uma parte da própria organização, pois “eles” é uma bandeira vermelha. Nesse sentido, o comportamento é um indicador importante para a colaboração.

"Quem são eles?" Pergunte quando ouvir a palavra “eles” nas conversas com os empregados. Às vezes eles se referem à gestão e outras vezes é uma estrutura hierárquica superior ou inferior. Na maioria das organizações, há muitas rachaduras na estrutura da colaboração, desconexões onde a comunicação é interrompida e mal-entendidos são abundantes. As rachaduras podem estar no alinhamento vertical do propósito organizacional ou horizontal como no fluxo de valor para o cliente. Em ambos os casos, entender mais especificamente o que está causando esse comportamento abaixo do ideal é fundamental para melhorar a colaboração. O segundo Insight do Moldelo Shingo, O propósito e o sistema impulsionam o comportamento, sugere que os comportamentos, bons ou ruins, estão enraizados no propósito compartilhado de uma organização e nos sistemas fornecidos aos empregados. Se queremos mudar o comportamento – por exemplo, transformar “eles” em “nós” – devemos esclarecer o propósito e modificar os sistemas.

 Em um workshop recente, um aluno fez esta pergunta: Se a colaboração é uma coisa tão boa, então por que não vemos mais? Seu desafio levou a uma pequena abstração do material usual para abordar a questão de “por que não colaborar?”. Os seguintes obstáculos surgiram como respostas nos “Post-it’s”:

·         Busca da eficiência local e não global

·         Layout físico

·         A hierarquia

·         Visão local

·         Gerenciamento desconectado

·         Gestão por objetivos

·         Tradição

·         Culpa da cultura organizacional

·         Organização funcional

O O exame das coisas que nos impedem de alcançar o ideal é uma ótima alternativa para estabelecer algum alinhamento sobre os problemas a serem resolvidos. Os alunos foram incentivados a compartilhar pensamentos sobre os obstáculos à colaboração – um por Post-it por obstáculo. No espaço de quinze minutos, dezenas de Post-it’s foram escritos e organizados por causa, destacando a magnitude da criação de uma cultura colaborativa. Algumas das causas sugeridas relacionadas à política de gestão como regras de contabilidade de custos; outros como layout físico eram mais logísticos; outros ainda lidavam com normas sociais. Todos foram evidenciados por comportamentos não ideais. De executivos a gerentes e empregados da linha de frente, pudemos identificar comportamentos específicos que impedem a colaboração. “Esses tipos de obstáculos estão profundamente enraizados em nossos sistemas de crenças; esta é a nossa cultura”, observou um dos participantes. “Exatamente”,“ e este é o ponto crucial do terceiro Insight do Modelo Shingo: Princípios comunicam o Comportamento Ideal.

 

Tradução livre e adaptada do texto original Why Not Collaborate? Check the Three Insights of Organizational Excellence de autoria de Bruce Hamilton, Examinador do Modelo Shingo e membro da Shingo Academy. Disponível em < Why Not Collaborate? Check the Three Insights of Organizational Excellence - Shingo Institute > Acessado em 09. Ago. 2022

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